Na verdade, nunca acreditei muito nisso de que um ano novo vai trazer milhões de novas felicidades para minha vida. É só uma mudança no calendário, não quer dizer que o universo inteiro conspira pra que tudo dê certo pra mim.
De qualquer modo, sinto que sou uma vencedora. Não fiz nada de incrível. Não escrevi um livro, não fui promovida, nem conheci o mar. Eu me conheci. Descobri o limite dos meus limites, sofri, sofri, sofri mais uma vez, mas de uma dor tão construtiva que hoje nem sei quem seria sem ela.
Por um lado, me tornei menos crédula, mas é tudo uma questão de ponto de vista. Percebo mais do que nunca que tudo o que eu fiz e desejo fazer vai ter um resultado, de certa maneira, então acaba que grandes surpresas não vão me assaltar, não por enquanto.
Pelo menos eu espero que não me torne ainda mais hipócrita do que já sou. Por mais que eu tenha parecido meio imediatista, ou até mesmo menos Dayse, no excesso de alegria e a falta de vergonha na cara que me caracterizavam / caracterizam, sinto que sou mais honesta com minhas recém descobertas convicções. Hoje eu conheço as coisas que não consigo encarar.
A propósito, Feliz Ano Novo.