quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O último sonho desta noite
















Tive um sonho esta noite que me deixou o dia inteiro pensativa. Eu encontrava algo de cor estranha e chamativa, com aspecto radioativo mesmo (eu curto umas lombras de vez em quando) e tentava levar para casa. Mas sempre caía da minha mão, e eu já começava a passar mal.

Tentei pegar do chão de novo, e daí eu já acordava no meio de um ataque cardíaco , porém, no momento, não tomava consciência de que isso estava acontecendo. Era como se eu olhasse tudo de fora do meu corpo. Depois de me ressuscitarem, deitada na cama, eu senti uma dificuldade imensa de respirar. Aí descobri que um dos médicos que haviam me ajudado era um ex namorado, que não vejo desde o dia em que terminamos. Ele havia salvado a minha vida! Quer um jeito melhor de reencontrar alguém?!

De repente o Felipe aparecia. Vestido de preto e abatido (como se já esperasse me encontrar morta), ele trouxe chocolates para mim de presente. Mas o médico disse que eu não podia comer o branco, só o preto, e o branco ficou pra pessoa que ficava na cama ao lado (a Laís, por um acaso).

Aí eu vi os médicos explicando ao Felipe que eu havia tido uma parada cardíaca, e que por muito pouco não tinha morrido. E quanto mais o médico falava, mais eu me sentia mal, sentia a dor de verdade, e minha respiração ficava mais pesada...

Foi quando notei que o meu coração boiava dentro de uma espécie de caixa de vidro, e eu estava ligada a ele por uns tubos. E no meio da conversa, eu simplesmente fiquei em pé em cima da cama e aproximei meu peito todo cortado no vidro, meu coração se encostou à parede da caixa, bateu uma vez e eu cai de novo. Mais uma vez tentaram me reanimar. Não conseguiram. Fiquei alguns segundos morta, depois voltei.

O médico continuou falando, e nos alertou que meu coração não me servia mais, que eu precisa de um novo. Eu tranquilizei o Felipe, dizendo que logo logo alguém me doaria um, e eu viveria.

Enquanto isso acontecia, o Felipe gritava, desesperado. Disse que não aguentaria mais viver se eu morresse. E então aproximou o coração dele do vidro, como eu havia feito, e um dos tubos que me prendia ao coração soltou, beijou o vidro, caiu e voltou de novo. Aquilo era prova de que o meu coração era compatível com o corpo dele.

Então ele disse que arrancaria o coração dele e me daria para que eu vivesse. Por um segundo me senti aliviada. Um segundo depois pensei: e você?! Como vai viver?! Como se eu conseguisse viver se ele morresse. Ele queria ficar com meu coração defeituoso e me dar o dele.

Então eu comecei a chorar e chorar sem parar. Não disse nada. Mas já tinha decidido que eu morreria, e não ele.

Foi extremamente real e estranho. Nunca vi minha morte de forma tão clara, repentina e certa. Eu nunca tive medo que a morte me atingisse. Essa foi a primeira vez. Mas não foi por mim, foi por ele. Acordei querendo abraçá-lo. Ainda bem que quando isso acontece ele não pergunta mais o porque dos meus atos. Só me abraça de volta.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?















Eu já desisti de entender! Vejo as pessoas em volta engajadas em procuras inúteis e dolorosas. Pessoas que se preocupam com as coisas mais superficiais com o intuito de esconder suas falhas. Tentei até a minha última gota de sangue manter, satisfazer, contar com elas, mas não recebo nada em troca!

Sempre tive a característica de me esconder quando estou com problemas. Me isolo porque não quero magoar quem quer que seja, quando este alguém tenta me ajudar e eu sei que não vai conseguir muita coisa.

E o que ganho com isso?! Ganho rejeição quando já estou bem e pronta para ouvir os problemas deles, enquanto eles se afastam porque EU não estava perto o tempo todo!

É chato, cansativo, desnecessário voltar ao mesmo assunto todas as vezes, para se tentar descobrir porque nada é mais como antes.

É difícil ter que ouvir que eu não estava por perto. Que eu deixei de ver algo crescer, ou morrer, as vezes. Isso é culpa de quem?! Minha, quando os tento proteger?!

"Deixa, se fosse sempre assim quente
Deita aqui perto de mim
Tem dias que tudo está em paz
E
agora os dias são iguais

Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar

Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá, a angra é dos reis
Por que se explicar se não existe perigo?

Senti teu coração perfeito batendo à toa
E isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar

Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi

Mesmo se as estrelas começassem a cair
E a luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
E você visse o nosso corpo em chamas

Deixa
pra lá
Quando as estrelas começarem a cair
Me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?"












Não pensei dizer isso nunca antes na minha vida, mas tenho que reconhecer que o carnaval foi extremamente gostoso! Longe do axé e dos pagodeiros abusados, me diverti a valer numa fazenda no fim do mundo!

Sem absolutamente nada para se fazer durante o dia, e com uma vista maravilhosa das estrelas a noite, dias memoráveis de minha vida.

Encontrei uma resposta, porém, agora estou perdida sem saber o que vou fazer, agora que me acostumei com você tão perto, meu bem.

Acordar e ver primeiro o seu rosto, e dormir com você perto, me protegendo de todo o frio que pudesse me atingir me deixou muuito mal acostumada...

Felizmente você também ficou mal acostumado, não é mesmo?! Ainda bem que posso dizer pra você o tempo todo que amo tê-lo por perto!

(Eu posso ter dito que não me lembro que as coisas existem quando não posso vê-las, mas isso não vale pra você, meu bem).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

I know that's the way...
















"You know, you must take a look at the new land

The swimming pool and the teeth of your friend
The dirty in my hand
You know, you must take a look at me

Baby, baby
I know that's the way

You know, you must try the new ice-cream flavour
Do me a favour, look at me closer
Join us and go far
And hear the new sound of my bossa nova

Baby, baby
It's been a long time

You know, it' s time now to learn portuguese
It's time now to learn what I know
And what I don' t know
And what I don' t know
And what I don' t know

I know, with me everything is fine
It's time now to make up your mind
We live in the biggest city of South America
Of South America
Of South America

Look here read what I wrote on my shirt
Baby, baby
I love you

You do!"

(Baby - Mutantes)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eu decidi, tá dedicido!



Impaciente impaciente impaciente! Todo mundo decidiu encher o meu saco sobre as coisas que eu já decidi, e eu ainda sou mal educada quando respondo mal! Esse povo que me conhece tão bem não percebeu até agora que cumpro as coisas que eu prometo!?

Ahh isso me deixa possessa. Se eu decidi, tá decidido! E não adianta duvidar de mim, nem me dizer que estou errada, porque eu não descanso até provar que eu tava certa mesmo!Só isso. Não me façam usar a minha falta de educação.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E quem disse que não é vitória minha também?!


Quando aquela página foi aberta e não pude ver meu nome, não nego que a decepção tomou conta de mim. Por mais que eu soubesse não ter estudado o suficiente, por mais que eu sentisse que talvez não fosse dessa vez, senti isso, sim.

E os meus primeiros pensamentos foram: Ainda bem que o Felipe está aqui; ainda bem que a Laís passou.

Saber que o sonho dela havia sido realizado significou para mim ter forças para continuar, e ter um apoio, já que alguém a quem eu amo tanto emprestou sua felicidade para mim. Emprestou sim. Não foi comigo. Mas quem disse que não é vitória minha também?!

Eu a vi passar de uma menina insegura e tola a uma mulher forte e decidida. Eu a vi ser feliz, a vi festejar, a vi chorar, linda, mergulhada em silêncio... a vi perder, e achar que conquistou de novo, a vi desabar, mas se agarrar à vida e ter forças para seguir em frente... duvidar e enfim, vencer!

Nada do que eu diga hoje será suficiente para mostrar a minha felicidade e o meu orgulho. Nada do que eu suponha, do que eu relembre, do que eu imagine tentar dizer, será suficiente para falar que hoje o mérito é todo seu, a felicidade, a vitória, as congratulações.... tudo tudo!

E eu, como uma pessoa que te ama, como uma pessoa que pode dizer isso e ouvir eu te amo de volta, quero usufruir do meu direito para dizer a você que hoje é só o começo de um grande futuro, a primeira página da vida de uma grande pequena mulher que se escreve para quem mais quiser ver.

Não sei se já disse isso antes, mas me acho muito egoísta. E sabe por que?! Porque acho que quando alguém maravilhoso se permite ser amado, e trazer felicidade a outras pessoas, não está fazendo bem a si, mas sim a quem está em volta. E obrigada, por um dia que talvez eu dormisse chorando de tristeza, eu poder sentir o coração leve de paz, orgulho e felicidade. Você e TODA a sua família são pessoas únicas e maravilhosas que sempre serão essenciais na minha vida. E poder dividir isso com todos vocês faz a minha vida mais feliz. Eu também venci, e quando chegar a minha vez, dividirei minha felicidade com vocês.


ps: Veja e aprenda como se canta os gatinhos do Campus da Ceilândia:

- Que saúuuuuuuuuuuude hein! kkkkkkkkkkkkkkkkkk

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Raízes do ódio






O ódio é um sentimento engraçado. Julgado por todos, tachado de feio e destrutivo, as pessoas negam possuí-lo em seus corações. Mas todos possuem.

Mais julgado ainda é o ódio que se têm a alguém a que se devia muito amor. Mas o amor não vem no coração de ninguém. Ele nasce e cresce lá quando realmente dão espaço a ele.

E o amor também pode se transformar em ódio. Quando se tenta, com todas as forças, agradar a alguém, fazer com que as coisas dêem certo, e elas simplesmente não dão, o amor é substituído, e toda uma existência que devia ser construída em cima de felicidade é jogada no lixo.

Do mesmo jeito que ninguém nasce amando, ninguém nasce odiando. É claro que é mais fácil deixar de amar alguém, porque o ódio vem junto com o orgulho, com mágoas e dor.

E o perdoar, então?! Pode ser considerado miraculoso. Porque quando se têm motivos pra odiar alguém, o que é feito depois de toda a dor que se causou parece muito pequeno. As desculpas parecem falsas, parecem armadilhas. Quem pede perdão não quer acabar com as dores que causou aos outros, mas sim com as dores que causou em si.

"Emily tries but misunderstands

She often inclined to borrow somebody's dreams till tomorrow
There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play
Soon after dark Emily cries
Gazing through trees in sorrow hardly a sound till tomorrow
There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play
Put on a gown that touches the ground
Float on a river forever and ever, Emily
There is no other day
Let's try it another way
You'll lose your mind and play
Free games for may
See Emily play..."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Palmas para a negligência


Não é surpresa pra ninguém que me conhece pelo menos um pouco que eu tenho horror ao nazismo. Costumo ouvir dessas pessoas que esse pensamento é um tanto exagerado, que isso já passou, que o mundo hoje em dia já melhorou muito, se comparando com os absurdos que o nazismo já provocou.

Mas aí todos os jornais publicam uma historinha interessante pra fazer vocês, meus amigos, calarem vossas bocas.

Como esses porcos simplesmente não conseguem provar a sua supremacia em cima das outras 'raças', eles provam sua ignorância com seus atos repulsivos.

O pior de tudo é saber que as autoridades suíças não consideram o ato do grupo neonazista como xenofóbico, dizem que o caso não está bem esclarecido. Ah, não está não?! Já sei o que deve ter acontecido! A mulher queria fazer um aborto, tomou um remédiozinho básico, e pra ter uma bela desculpa pra família, se riscou com um canivete.

Claro que foi isso que aconteceu! Uma população que tem 1/3 que se considera xenofóbica não seria capaz de abrigar porcos nazistas! Claro que não! Isso é um absurdo.

Todos fecharam os olhos para a verdade. Os suíços tratam com desdém as ações dessas pessoas, não acham que seja importante assegurar aos imigrantes que andem em paz pelas ruas, sejam eles pretos, brancos ou amarelos.

Mas e se fosse aqui no Brasil? Se fosse um suíço agredido aqui? Diriam que o Brasil é um país de gente violenta e ignorante, que o governo é prolixo, e blablabla.... Mas acontece que não foi. A mulher tem o corpo todo riscado com a sigla do partido de ultra direita alemã e isso não é prova suficiente!

Muito pelo contrário, isso é um outro argumento. Essa singela figura acima é uma propaganda do SVP, que nem é preciso dizer, é extremamente racista. Uma ovelha branca chuta uma preta para fora da Suíça. E acima os dizeres: 'Trazer segurança.' Como se os imigrantes fossem inteiramente culpados pela violência. Mais sutil impossível!

E no que vai dar essa história? O governo talvez dê algum dinheiro à Paula, talvez peça desculpas, e daqui a pouco outro escândalo toma conta das manchetes. O que não vai acabar é esse preconceito absurdo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

The last time
















"Well, I'm sorry girl but I can't stay
Feeling like I do today
It's too much pain and too much sorrow
Guess I'll fell the same tomorrow"

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dias de luta




Ultimamente eu tenho visto e pensado numas coisas tão bizarras que prefiro nem comentá-las! Eu conheço umas pessoas bem interessantes, do tipo que dizem ter um ponto de vista, acreditar plenamente estarem certas, porém, que agem de modo esquivo e mesquinho. Mas esta não é a pior parte. Acreditem! A pior parte é que, ainda por cimas, elas querem ser o exemplo para você.

Enfim... isso não é tão importante para mim. O que interessa é que estou lutando, buscando novos objetivos, e parece que a busca está dando certo. Não que eu tenha um resultado mais palpável pra dizer isso. Mas eu simplesmente posso sentir.

Hoje estava bem confusa... Passo por umas fases meio estranhas, de duvidar extremamente de todo mundo, e querer me enfiar num buraco debaixo da terra, mas fora isso, fora ter que explicar isso, fora ter que ser odiada por isso, tudo mais vai bem.

Choramingar não adianta. Atitude é o que manda na vida.

O fazer.

O tentar.

O insistir.

O não hesitar.

E o conseguir.

Não se pode esquecer do tesouro já conquistado, por mais que pareça que ele não tenha mais o seu valor.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Considerações


Sou a Dayse.
E posso ser bem temperamental as vezes.
Posso ouvir os problemas das pessoas, aconselhar e compreender.
Mas quem vai me impedir de surtar?

Tenho hoje uma necessidade imensa de alertas à pessoas que sei - estão julgando errado a minha ausência-.

Sinceramente, eu estou muito cansada. Só por um dia eu queria não ter que provar pra todos que os adoro, necessito e admiro. Só por um dia eu queria conseguir olhar pra fora, sem ter alguém por perto me perguntando qual é motivo da minha atenção.

Não estou deixando ninguém para trás. Estou apenas precisando de tempo para escolhas individuais. Tenho necessidade de atenção, força e apoio, mas eu não quero. Quero fazer isso sozinha, me rastejar, ter que chorar para que apenas as paredes me ouçam, ter que duvidar de mim, dos meus sentimentos, da minha capacidade para conseguir chegar a algum lugar.

Não quero dar satisfações. Não quero negar nem me esconder. Só quero escolher um caminho, sem ter medo do que deixei.

Eu tenho muito amor para dar. Mas também tenho muitos medos para superar. Os medos de uma existência inteira. Fracassos e mágoas, agressões e impotência que ainda regam meu corpo. Eu preciso continuar. Ter coragem, audácia e amor próprio. E não posso confiar em ninguém para isso, não quero ouvir problemas que não são meus, não quero pedir desculpas depois. É cruel, é feio e ingrato, mas é a verdade.

- Gosto de fitar o horizonte.
- E de falar com a minha solidão
- De conflitar o meu ego
- Duvidar e refletir
- A briga entre meus dois universos hoje é imensa, gélida, intensa e mortal.

Só existe um abraço hoje que eu quero receber. E quando puder tê-lo, ele também não saberá dos meus planos. Não sei quando partirei, nem onde vou chegar. Só sei que vou.

"Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada."
(Cecília Meireles)