quinta-feira, 18 de junho de 2009

E o que sobra?



















Todo mundo tem o direito de não ter a privacidade invadida.
De se chatear, de explodir.
Tudo bem. Todo mundo tem o direito de não perdoar também.

Todos os dias acordamos pra uma viagem sem volta.
O que se disse já foi dito. Não tem mais remédio.
Cada passo, cada suspiro, cada sorriso, cada coisa que você deixou passar
Não volta mais. Tá gravado naquele momento, nenhum de nós pode pegá-lo de novo
Tentar fazer diferente, pedir pra ter uma última chance.
Será que é esse o segredo da morte? A brincadeira cruel de ver todos os nossos erros passarem
diante os nossos olhos, sem que a gente não possa fazer nada?

De qualquer jeito, o mundo não sabe dividir as coisas.
Tudo acontece ao mesmo tempo.
O que é bom. O que é maravilhoso. O que é ruim.
O mundo todo vai virar as costas pra você.
E o que sobra?
É ser forte, ou algumas super doses de algafan.

Tranquilidade.










As vezes parece que todas as pessoas são iguais.
Que todos os caminhos levam pro mesmo lugar...
As vezes parece que essa minha insegurança de deixar certas coisas pra trás não faz sentido.
Tudo na vida é questão de costume, de querer olhar pra frente mesmo.
Mas se isso realmente for verdade, as pessoas não passam de objetos descartáveis
E temos que passar por todas essas provas pra nada.
Porque queremos.
Sentimos pena de nós mesmos?
Estamos procurando algo para ser a desculpa do nosso fracasso?
E se isso for verdade, o que é o melhor a fazer?
Ir atrás do lixo descartável que deixamos ou fazer diferente com os que vêm pela frente?
É como se ultimamente eu não estivesse tão piedosa assim.
Não to a fim de sair por aí dando muitas chances...
Dentro de mim, eu sei que eu dei chances demais.