quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

I promise you I will learn from my mistakes



Infelizmente, no mundo onde vivo, valores como a generosidade e a esperança só dão as caras mesmo no fim do ano. Porém, essa grande hipocrisia que se tornou um costume mundial não me faz perder a esperança de que um dia isso seja pelo menos um pouco diferente.

Alguma coisa dentro de mim me faz acreditar que esse ano será definitivo na minha vida, pois será o percussor de maiores objetivos e desafios. Uma coisa é ter 15 anos e achar que se pode mudar o mundo. O outro é ter 18 (em breve) e ter a certeza de que se eu não começar hoje, nunca mais terei coragem para isso.

Acredito, sinceramente, em pequenas coisas que aumentam surpreendentemente. A pequena parte de poucos que vai formando uma minoria, até que essa minoria vá crescendo, até ser uma maioria, ou até mesmo absoluta. Com certeza, em qualquer escala, minhas idéias estão muito longe de uma realidade. Igualdade e sinceridade são sonhos num mundo como o nosso. As próprias pessoas são seus medos, seus monstros, seus empecilhos. Deixa isso pro ano que passou!

Ao contrário do que eu pensava, essa espécie de 'auto terapia' acaba ajudando mesmo. Reconhecer certas virtudes, e conseqüentemente acabar se livrando de preconceitos fantasiados de medo fazem diferença para se construir pelo menos uma consciência mais limpa. E uma consciência limpa é sinônimo de inteligência, luta e coragem, acima de tudo.

Desejo um Feliz 2009 para todos, e também desejo que vocês não estejam na retrospectiva de 2009. Considerando que eu não conheço ninguém famoso o suficiente para protagonizar esse tipo de coisa, isso se significa que aparecer é ter sido vítima de uma tragédia! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijos!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Hoje.



Hoje mais do que nunca eu consigo perceber que tudo na vida das pessoas vem como uma receita, algo pronto e eficaz para que tudo o mais dê certo. Para mim, isso não passa de uma babaquice, já que quando se aceita certas ponderações e idéias, se deixa de pensar, de instituir uma opinião própria, atitude de gente burra que precisa colocar a culpa de tudo nos outros. Coisa de gente medíocre aceitar isso, 'pensar' desse jeito, fazer as coisas esperando que aconteça como aconteceu com 'fulano'.

E esse tipo de atitude, mais tarde, vira arrependimento, e o que eu vejo é todo mundo jogando a culpa em todo mundo, porque algo não deu certo. Se você construiu para si um mundo que não existe, não me obrigue a entrar dentro dele. Eu não preciso ser a pessoa que você criou para o seu roteiro, uma pessoa que te decepcionou porque você não viu como ela era de verdade.

E todas as relações começam assim. O afeto procura a qualidade inexistente para se apegar, e tudo se torna difícil, mecânico, superficial. Não existe mais a pessoa que está por livre e espontânea vontade convivendo com você. Existe quem é conveniente, quem combina com o ambiente a que a sua própria pessoa se obriga a combinar também.

E tudo acaba terminando mais rápido, amigos ditos eternos e inseparáveis se esquecem num piscar de olhos. E pior do que essa frieza, essa facilidade, é a comodidade em que se aceita a situação. A separação se torna algo normal, corriqueiro, já que 'aconteceu isso com fulano também'. Chega disso não é?!

Lógico que é bom ser virtuoso, admirar e tomar BOAS pessoas como exemplos, mas não é preciso deixar de se ter opinião, vontade própria, coragem para se fazer as PRÓPRIAS escolhas. All right! Boa noite. ^^

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

There will still be you and me.



Estranho o espirito natalino não ter tomado conta de mim ainda. Eu geralmente sou a mais animada, a que mais espera por isso. Deve ser porque certas atitudes ridículas que nunca existiram resolveram 'aparecer ' esse ano. Eu nunca duvidei mesmo que elas existissem. Questão de tempo pra tomar o seu espaço.

O que não faz sentido é querer estragar esse momento pra uma pessoa que o considera tão especial. Ser o dono da verdade, do dinheiro, da casa, e das vontades dos outros, também? Porque a minha vontade agora era de sair gritando na cara desse povo, dizer que não preciso deles, nunca precisei, o que eles me deram não é tão difícil assim de conseguir, e isso em qualquer lugar.

A parte boa é que encontrei coisas que eu não procurava esse ano, pessoas que realmente parecem se alegrar com a minha presença. Dividir coisas simples, porém íntimas, além da certeza de que o amor e afeto dados são muito bem-vindos, são essenciais para um início de esperança brotando pro próximo ano que nem começou ainda. Alguém além de mim acha isso tudo estranho, o clima, o comportamento. Isso significa que eu nem enlouqueci nem estou me fazendo de vítima. As dores sempre vão existir. Eu posso senti-las ou não.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Over.



Eu acredito que ninguém pode fingir por muito tempo.
Que é possível odiar a pessoa a quem você devia amor incondicional.
Que no mundo, tudo o que é ruim sempre vai querer seguir você.

Fingir ser forte é ser ainda mais propenso à sofrer.
Se dar bem, é procurar que as pessoas te julguem, te xinguem, te odeiem.

Eu cansei disso tudo, de comparações, obrigações, falsidades.

Não é você que vai conseguir me governar. Por fora eu sou estúpida, frágil e covarde
Mas você não tem noção do que está acontecendo dentro de mim.

Continuar persistindo é uma piada, porque eu não tenho sorte, eu posso contar as pessoas
com quem eu posso contar.

Nada saiu como planejei. Foi a única vez que eu tinha feito algo do jeito que eu queria. Mas a sorte me fez perder.

Eu odeio ter esperanças.
Eu odeio o mundo.
E gente que acha saber o que é melhor pra mim.
Eu odeio meu passado e minhas lembranças
Objetivos, sonhos, futuro
Isso é patético
Já que o que eu precisava de verdade nunca quis existir pra mim.

Eu cansei de tentar. Também cansei de fugir.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

I never lost control!



Mau humor. Péssimo humor. Ira. Raiva. Definição do meu 'estado de espírito' hoje. Não to pra ninguém. E a melhor parte é que o dia de hoje está exatamente igual a todos os outros. Mas talvez seja por isso que estou me sentindo assim. A monotonia está por todos os lados, entrando pela janela, por debaixo da porta. E se eu tentar me esconder, embrulhar os pés e a cabeça, ela vai me encontrar. Ela sempre sabe onde me encontrar.

Aliás, todo mundo sabe. E isso é chato. Eu não tenho nada de novo pra contar, todas as idéias são idéias que eu já tive antes, todos os planos, eu fiz mesmo antes de acordar.

Apesar de reclamar tanto das minhas insônias, tenho que reconhecer que os meus melhores pensamentos acontecem quando eu estou dormindo. Eu escrevo coisas ótimas, faço coisas incríveis, e quando acordo, sou a mesma pessoa sem sal de todos os monótonos dias.

De forma alguma estou fazendo o que idealizava aqui ou em qualquer outro lugar. O ânimo já foi riscado há muito tempo da minha lista de obrigações.

Eu nunca tive paciência. Mas estou tendo bastante ultimamente, pra pelo menos tentar imaginar que algo vai me fazer mudar de idéia. Algo vai ter que me motivar.

Todo mundo é hipócrita. Eu sou o dobro. Se assumir já ajuda.

ps: acho que estou enlouquecendo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

'My eyes are blind but I can see'

Todos os dias eu penso em coisas que não devia pensar, como por exemplo, se compreender é se sujeitar, não querer ter certeza de certas coisas, ser covarde, e se submeter a certas situações, ser hipócrita.

São coisas que vão e voltam na minha linha de pensamento, e toda hora eu tenho uma resposta diferente e nada conclusiva sobre tais assuntos. Mas pelo menos eu me conformei de que ninguém é do jeito que gostaríamos que fosse. Se mudar os outros fosse essencial pra alguma coisa continuar dando certo, eu com certeza estaria muito acabada.

Por dois motivos: o primeiro é que eu não conseguiria gostar de ninguém de verdade, e o segundo é que ninguém gostaria de mim também. Tenho dificuldades em aceitar que as coisas sejam tão cheias de falsidade. Cada um admira alguém por um motivo, não concordo que mudem ou que eu mude pra fingir que tudo está bem. Isso não é gostar das pessoas, é gostar de alguém que você inventou.

O que eu tenho certeza é de que tenho que me livrar de muita coisa pra chegar pelo menos um pouco mais perto de me sentir segura, já que hoje em dia, é muito fácil acabar com o meu dia, graças a uma palavra mal colocada. Isso destrói qualquer possibilidade de alguém se sentir bem do meu lado, não é nada agradável. É, eu vou ter que começar do zero de novo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Nem pouco, nem demais


Eu sou uma pessoa antipática, e por isso existem uma série de coisas que eu definitivamente não suporto (mais coisas do que o normal, eu diria), e entre elas estão: pessoas apáticas e pessoas efusivas.

Começando pelas apáticas: Você está em uma roda de amigos, alguém faz um comentário engraçado, e a dita 'pessoa apática' age como se não tivesse ninguém falando com ela, e não esboça nenhum tipo de reação. Isso é patético. Que graça tem conviver com alguém incapaz de demonstrar o que sente? Se você disser pra uma pessoa assim: "estou encomendando o seu assassinato" ou ''vai chover hoje'', ela age da mesma forma. Eu não tenho paciência com esse tipo de gente, mas tão insuportáveis quanto esses, são os efusivos.

Tudo bem que eu não sou a pessoa mais discreta do mundo, mas têm umas pessoas aí que sinceramente. Aquela pessoa que você estudou na primeira série, e mudou de escola no segundo bimestre te vê na rua depois de 10 anos, e grita: 'Amiga, quanto tempo! Que saudades de você! Que dia você vai me chamar pra um almoço?" ¬¬''

Gente fresca se encontrando é sempre assim: ou efusiva, ou apática. Por isso que eu adoro os meus amigos: eles fazem o que têm vontade, sem se importar com o que pensam deles, mas não são inconvenientes. Nada melhor do que isso. Nem pouco, nem demais, cada um sabe o que lhe cabe.


sábado, 29 de novembro de 2008

Another flashing chance at bliss


Hoje acordei feliz, animada com novas perspectivas, pronta para não desistir.
Eu sei que sempre vai ter gente pra dizer que vai dar tudo errado, mas vou ouvir a minha esperança pelo menos uma vez
Talvez tudo o que eu quero para mim hoje não faça mais sentido amanhã, mas eu não saberei se não tentar
Eu vou parar de fazer alarde, parar de querer que cada passo meu seja uma grande cena, onde todas as luzes apontam para mim
Vou parar de sonhar acordada com mudanças pela qual eu ainda não luto
Eu quero reação, já que tem algo agindo sobre mim há muito tempo.
Cansei de ter dúvidas, de ser ignorante quanto a tantos aspectos
Cansei de procurar heróis, cansei de querer ser o exemplo
Eu só quero fazer o que quero
Eu só quero conseguir dormir sem dores, sem choro e nem velas
E que velem por mim todos os que me querem bem
E que esteja perto tudo o que me dá motivação e prazer.
Disso eu nunca vou abrir mão.

"Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais
Podem até maltratar meu coração
Mas meu espírito ninguém vai conseguir quebrar".
(Um dia perfeito - Legião Urbana)


The crystal ship - The doors


O NAVIO DE CRISTAL

Antes de você deslizar para a inconsciência
Eu gostaria de te dar outro beijo
Outra chance fugaz de prazer
Outro beijo, outro beijo

Os dias são luminosos e cheios de dor
Envolva-me em sua chuva branda
A época em que você fugiu foi tão louca
Nós nos encontraremos de novo

Conte-me onde repousa sua liberdade
As ruas são campos que nunca morrem
Livre-me das razões por que
Você prefere chorar, eu prefiro voar

O navio de cristal está se enchendo
Mil garotas, mil sensações
Um milhão de maneiras para matar o tempo
Quando voltarmos, eu te escrevo.

Você sabe de quem eu me lembro quando ouço essa canção! ;)



terça-feira, 25 de novembro de 2008

Go ask Alice!

One pill makes you larger
And one pill makes you small,
And the ones that mother gives you
Don't do anything at all.
Go ask Alice
When she's ten feet tall.
And if you go chasing rabbits,
And you know you're going to fall,
Tell 'em a hookah-smoking caterpillar
Has given you the call.
Call Alice
When she was just small.
When the men on the chessboard
Get up and tell you where to go,
And you've just had some kind of mushroom
And your mind is moving low,
Go ask Alice;
I think she'll know.
When logic and proportion
Have fallen sloppy dead,
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said:
"Feed your head. Feed your head. "

(Jefferson Airplane - White Rabbit)

Viva a psicodelia! \o/

sábado, 22 de novembro de 2008

Noite.


Ahhhhhh a noite! Preferida dos poetas, dos vagabundos, dos que dizem que sabem aproveitar a vida... Muito esperada por aqueles que trabalham o dia inteiro, sinônimo de descanso, de mistério, de perigo, de diversão.

Mas pra um adolescente que ainda nem prestou o vestibular, a noite significa só uma coisa: você pensa. E muito. Antes de conseguir pegar no sono, você pensou no curso que quer fazer até o dia da sua aposentadoria.

Não sei quanto a vocês, mas isso me desanima. Isso porque perto do que eu quero para minha vida, ainda não fiz nada. Perto de qualquer coisa, eu ainda não fiz nada. Passei um ano praticamente descansando de tanta pressão, de gente que pensava que eu fosse uma pessoa inteligente e que sairia do ensino médio e no mínimo já estaria trabalhando e ganhando muito bem. Mas como? Eu não tenho auto-estima para conseguir pensar que tenho capacidade pra tal coisa, e nem qualificação. Eu não tenho nem certeza de que quero ter uma vida normal mesmo. Se eu fosse menos covarde, já estaria viajando pelo mundo afora com uma mochila nas costas.

Parece meio louco pensar assim, mas seria bom pra mim ter uma coisas dessas no 'currículo', se é que vocês me entendem. Ninguém chega a um lugar tão alto sem antes ter passado por uma dificuldade, sem ter feito uma loucura, jogado tudo pro alto. Parabéns, Dayse. Você não tem coragem de jogar fora nem o papelzinho de bombom que alguém lhe dá. Santa paciência!

Bom, como eu não vou virar a mulher maravilha do dia pra noite, vou tentar pelo menos me deprimir menos, e começar a estudar mais, e acreditar um pouco que seja, mais na minha capacidade, senão, eu não vou sair desse buraco que minha mãe diz que eu deveria agradecer a Deus por morar!

Mas pensar e pensar não adianta nada! Eu quero conseguir dormir a noite, porra! Dormir, sem precisar acordar de madrugada e ficar horas pensando que eu sou a criatura mais inútil do mundo. Agora eu acredito nessa ditado: cabeça vazia, oficina do diabo. Por minha conta, ele já teria uma multinacional! ¬¬''

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ontem, dia da consciência negra

Ontem foi dia da consciência negra e aniversário de uma prima, negra, aliás. Não é motivo para orgulho um negro (principalmente) nascer em um dia tão especial? Não para todos eles. Isso porque, quando se fala de preconceito, infelizmente não é só do branco com o o negro, ou do europeu com o índio, ou seja lá o que for. Se fala do preconceito do negro com o negro.

Gabi fez ontem 5 anos, o pai é negro, a mãe e boa parte da família materna, branca dos olhos claros. Mas será que é isso que faz essa criança pedir a mãe: '"Quando eu crescer você me pinta de rosa?" Ela tem 5 anos e já diz que quer alisar o cabelo, e que não quer uma boneca tão moreninha assim, e que não gosta tanto de brincar com crianças da sua cor.

E nós tentamos o tempo todo convencê-la de que ela é linda do jeito que é, que ser negro não é defeito, que todo mundo é igual, que melanina não faz diferença. E ela nem gosta de ouvir falar do assunto... Será que já se nasce racista?!

Não, por favor! A explicação mais plausível, pelo menos até agora, é de que ela quer se parecer um pouco mais com a família materna, já que não tem tanto contato assim com a família do pai. É pelo menos no que eu quero acreditar! =[

Espero que daqui uns anos ela tenha orgulho de ter nascido no dia 20 de novembro, eu espero que ela não pense assim o resto da vida.

E espero que outras pessoas também não pensem assim o resto da vida. O que me dá uma idéia. Brasileiro gosta tanto de imitar norte-americano! Então por que não imita nisso também?! Por que não aprende que todo mundo é igual e tem a mesma capacidade?!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sim, estamos acomodados


Todo o dia eu vejo por aí gente falando que o planeta está sendo destruído, que desmatar a Amazônia é uma absurdo, que o racismo é uma burrice. Mas francamente... alguém tá preocupado em mudar isso, fazer alguma coisa mesmo?!

Os jovens da nossa geração, começando por mim, são uns preguiçosos, uns acomodados, que não se preocupam com o futuro, apesar de estarem se matando pra conseguir uma vaga num concurso público.

Somos burros, e não vemos que se continuarmos agindo assim (só falando e falando e falando), não vai adiantar muita coisa estudar tanto, querer ter tanto status na vida. O que é preciso, então, pra mudar esse quadro?

É preciso agir. A floresta não vai deixar de ser desmatada se você continuar dizendo pra pessoa do seu lado que não concorda, o racismo não vai acabar se você continuar com medo de um negro no beco escuro. O que precisamos é esquecer certas coisas aprendidas na vida, como aquela velha história 'se ele não faz a parte dele, eu também não faço a minha'.

Certa vez o Renato Russo disse algo que me chamou a atenção: 'tem tanta gente aí querendo mudar o mundo, então por que não começamos por nós?'

As pessoas estão cada vez mais incrédulas. Em si, em seus sonhos, em melhoras , mesmo. Claro que sempre vai ter um filho da puta pra estragar as coisas, pra não fazer o que deve, pra não se importar. Mas eu prefiro pensar que eu não vou ser mais um filho da puta, e vou começar por mim, mesmo que pareça muito pouco até achar que todo mundo é igual.


ps: esse assunto é bem abrangente, imagino que o abordarei mais vezes.


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Casamento em vista!

Não é o que vocês estão pensando. Não é o meu casamento, e sim o de uma irmã de uma amiga. Vai ser nesse sábado agora, e eu estou animadíssima, isso porque não se casam mais tantas pessoas como antigamente.

Acho que hoje em dia as pessoas vêem o patrimônio como uma prisão, uma atitude que você toma e vai se arrepender pro resto da vida. Não é bem assim, na minha opinião.

Até onde eu sei, a maioria que compartilha dessa opinião é do sexo masculino, já que para eles, quanto mais mulher, melhor, e a idéia de dar satisfações a uma mulher e ter que ser fiel à ela é inaceitável.

Aí algumas meninas tolinhas têm uma idéia genial: engravidam dos seus namorados indecisos propositalmente pra que eles se amarrem a elas pelo resto de suas vidas. Façam-me o favor!
Queridinha, se ele não te queria sem filhos, imagina com uma criança entre vocês! Vossa vida vai virar um inferno. Filho é coisa séria, tem que ser planejada, e no mínimo com uma pessoa que goste mesmo de você.

Eu conheço milhares de exemplos de meninas que agiram assim, e hoje em dia continuam 'casadas', mas que sofrem muito, são submissas e não têm nenhum valor pros seus parceiros.
Pra mim, filhos só com estabilidade, e sem ter que depender de ninguém. Penso em me casar, mas ser submissa, jamais.

Já passou a época em que a mulher tinha a obrigação de ficar em casa cuidando dos filhos, enquanto o marido a sustenta. A mulher de hoje tem que ser independente, ter uma carreira, assim com certeza terá respeito e satisfação. E que os filhos venham na hora certa então, né?!

Felizmente a Juliana, a menina que vai casar esse fim de semana, é madura, tem certeza do que quer, e o mais importante: os dois querem viver juntos pro resto da vida. Agora sim, tá tudo certo! Espero que você seja muito muito muito feliz viu?! Sem falar que a festa vai ser super legal, além de uma ótima oportunidade de reunir o quarteto! Se possível, em breve alguma fotinha do casório por aqui!

ps: A canção acima não tem nada a ver com a ocasião, eu só acordei com vontade de ouvir Misfits mesmo! ^^

E quanto a vocês, tolinhas, ponham nas suas cabecinhas de vento que filho não segura ninguém. Se alguém tem que ficar com você, é porque te ama, e não por obrigação!


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

There's no need to argue anymore!


Mal entendido. Esse é o nome do que aconteceu. Porque nós dois somos tão parecidos, nos damos tão bem, que até as nossas 'crises' acontecem ao mesmo tempo. ¬¬''

Eu sempre digo que é fácil amar alguém quando está tudo bem, quando não há nenhum problema. Eu aprendi que o se deve fazer sempre é expor seu ponto de vista, deixar de ter medo, e enfrentar as coisas.

Acredito que o problema da maioria das pessoas é que elas têm muito medo. Eu não sou mais assim, não em relação ao que eu sinto por você.

Elas namoram umas com as outras, estão juntas, mas não se entregam totalmente, porque têm medo de uma das partes fazer algo de errado, brincar com seus setimentos, e acabar sozinhas e ainda por cima na boca do povo. O que importa o que outros dizem?! Eu vou ser verdadeira, eu vou parar de ter medo. Quero pensar hoje que vou estar com você pra sempre, e se amanhã não der certo (o que eu duvido, e muito), eu vou ter aproveitado o máximo de nós dois. Que tal a gente começar a querer ser feliz realmente, todos nós?! Respeitando e aceitando as pessoas de que gostamos exatamente do jeito que elas são, e esperando o mesmo para nós. Que tal pensar assim em tudo na vida?!

E hoje eu quero fazer um agradecimento muito muito muito especial à Mari e ao Lis, que me deram uma força no momento que eu precisei tanto! Vocês são maravilhosos, e fico lisongeada em poder contar com vocês!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

I knew I'd lose you


Essas duas últimas semanas têm sido estranhamente difíceis para mim. É claro que não é segredo pra ninguém que a minha auto-estima é a pior do mundo, mas isso piorou muito ultimamente. Tanto que eu não sei se as coisas que eu sinto estão realmente acontecendo ou se é tudo coisa da minha cabeça. Eu espero mesmo que seja a última opção.

Essa foto aí foi de um dia muito muito muito bom. Eu sou do tipo que dá valor a coisas idiotas mesmo. E estar com a pessoa de quem eu gosto, e poder ver nos olhos dela que ela gosta de mim também, faz toda a diferença pra tudo ficar bom demais sabe?!

Acontece que eu não consigo mais dormir a noite, não consigo mais comer, quando fico em casa pensando em tudo o que nós vivemos, e que talvez não faça tanta diferença assim pra você.

É como se me ver ou não, estar comigo ou não, eu estar chateada ou não, fosse tudo a mesma coisa. E isso dói de um jeito que eu nunca pensei que pudesse doer.

Minhas percepções estão claramente alteradas, mas mesmo assim, eu não sei até quando eu consigo suportar isso. E se nada voltar a ser como era antes? E se tudo o que vivemos só existiu pra mim, só foi único pra mim?

Acho se eu te falasse hoje 'Eu não te quero mais' você diria: 'Tudo bem, eu tenho que ir pra casa agora mesmo!'

Mas eu tô falando pra ninguém. Você nem verá isso mesmo, não é?!

Tomara que isso seja só loucura, só loucura. Eu não suporto a idéia de viver sem você, mas se é pra ser assim, eu não quero mais.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cecília


Há quanto tempo que não nos encontramos não?! E você continua sendo a mesma pessoa fraca e insegura, mas que mesmo assim tem a esperança de levar o mundo nas costas. Eu sei que você se sente sozinha. E que guarda todas as cartas que escreve, porque não consegue ver nos seus 'olhos de céu' nenhuma felicidade por tê-las nas mãos.

Eu sei que você se sente uma boneca de pano esquecida no fundo do armário.

Qualquer coisa é mais interessante que você. Mas do que que isso te adianta? É claro que a culpa é sua, mas você continua tentando, remexendo, e incomodando. Incomodando muito. Sabe Dayse, que sempre que eu apareço isso acontece. Todo mundo vai embora. Todo mundo tem que fazer alguma coisa em outro lugar, menos ouvir o que eu tenho a dizer.

E não adianta dizer que você tá com sono, tem que ler alguma coisa. Eu não vou sair daqui enquanto você não me ouvir, não acatar o que eu te digo, faça isso, faça!

- Mas eu quero que você vá embora!
- Mas eu não vou, enquanto eu não lacrar essa fresta que nasceu dentro de você.
- Você se destrói junto comigo.
- Mas te ver nessa luta sem fim é mais prazeroso do que viver.

Não adianta contar as horas, não adianta se esconder, querida! Pra ninguém isso faz diferença. Nem pra quem você pensou que fizesse. Não adianta tentar se convencer. Você é um step.

Nem há mais um lugar pra você descansar.

"Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
Só por hoje, ao menos isso eu aprendi"

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Chico de minha vida


Esta semana eu tive um dos melhores sonhos de minha vida. Para que entendam o que senti, vocês têm que saber, primeiramente, que a maioria de meus sonhos são extremamente reais. Também esse não tinha absolutamente nada de borrado, nem pulava de um lugar sem nexo para outro pior ainda. Porém, o conteúdo é no mínimo curioso.

Eu vivia num Brasil que parecia estar na ditadura, e Chico estava lá. De repente, lhe apontam uma arma na cara. Eu, numa atitude que simplesmente não acreditei que tive coragem de tomar, me coloquei na frente da arma, e gritei para que não fizessem isso. Porque aquele era o MEU Chico, meu ídolo, o melhor homem que já pisou na terra. A mulher que segurava a arma ficou sem reação. Se virou e saiu, deixou Chico deitado naquele chão sujo, com seus lindos olhos azuis transbordantes confusos.

Então ele me agradeceu, e saímos andando por aquelas ruas feias, cheia de gente miserável e suja, ruas sem saneamento, pessoas que eu podia ver, não carregavam mais nenhuma esperança.
E ele foi me falando sobre sua vida, sobre a vida dessas pessoas, do jeito que ele sempre fez, sempre falou dos problemas desse país, sempre criticou o modo como o menos favorecido é tratado aqui. De modo subjetivo ou não. Mas sempre mostrando a crueldade desses homens sem escrúpulos, sem nunca aceitar que roubassem nossos diretos, e além disso falando de amor, me fazendo suspirar. E tudo aquilo foi tomando conta de mim de uma forma que me senti um nada, porque nunca usei minha juventude em prol de causas tão nobres. E ao mesmo tempo me sentindo feliz por saber admirar a sua arte. Será possível Chico, que até em sonhos você consegue mexer tanto com a gente?!

Logo nos tornamos grandes amigos, ele me ouvia, andava comigo por todos os lugares, mas não me via como uma menina idiota, e sim como uma amiga, a quem ele considerava. Aqueles olhos azuis me disseram tudo isso, e foi tão mágico! Nunca me senti tão querida em toda a minha vida.

Mas como todo mundo sabe, o que vem fácil, vai fácil também. De repente tudo ficou escuro. Chico se foi. E quando acordei, depois de apenas mais1 segundo de felicidade, abri os olhos e me vi sozinha em meu quarto, sem admiração, sem dor, sem coragem, sem Chico.

Mas eu nunca me esquecerei da sensação de ter sido estimada por alguém tão maravilhoso assim, tão corajoso, tão sensível, tão compreensivo, tão homem... O melhor poeta. Como alguém pode ser tão generoso assim? Eu só queria ter a metade de sua força, Chico. Em um sonho você me ensinou coisas de que nunca vou me esquecer.

Se todos fossem no mundo iguais a você, tudo seria muito mais justo e feliz.

Sonho impossível - Chico Buarque

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

All apologies.


Vou começar hoje dizendo que ela já me disse que sempre quis um menino. Quase conseguiu, isso porque eu estou longe de ser a menina mais vaidosa do mundo. E é até engraçado que depois de que ela se convenceu de que não tinha parido um filho, e sim uma 'menina que nasceu feia de assustar qualquer um' ela queria que essa menina fosse extremamente feminina e vaidosa. Até os meus trezes anos, me vesti exatamente do jeito que ela queria. Quando eu era criança, eu gostava até. Andava de salto, roupinha rosa, batom vermelho... Mas depois, quando aprendi a diferenciar gostar de aceitar, comecei a me incomodar com aquela condição de ser apenas uma boneca nas mãos de uma criança geniosa. Odiava aqueles babados, aquele batom 'roxo com purpurina', aqueles caderninhos rosas da barbie. Não sei por onde isso começou. Mas me lembro que as pessoas riam muito, se divertiam a valer com aquela cdf que parecia ter a mão colada na cadeira, que usava roupas ridículas e achava que agradava alguém com aquele jeitinho irritante. Eu não dizia nada disso pra ela. Deixava que rissem, pelo menos ela estava satisfeita. O que me faz lembrar de que até o meu ensino fundamental, eu era uma aluna exemplar. Tirava ótimas notas, apesar de ter muito problema com conversa, mas não deixava de receber diplomas de 'honra ao mérito' e ser elogiada pelos professores. Essa época ela ainda me elogiava. Não sei se me achava mesmo 'bonita e inteligente' mas era o que dizia pra todo mundo. Ela sempre fez as coisas pros outros verem, e sempre me ensinou a ser assim. Era extremamente rígida com o meu ensino. Eu nunca fui cuidadosa, jeitosa ou caprichosa. Sempre fui um desastre nato. O que lhe deu mais um motivo para me fazer passar folhas inteiras a limpo, já que eu 'escrevia tudo torto, fora da linha'. Apesar disso, não costumava ser muito atenciosa em outros aspectos. Posso contar nos dedos as boas lembranças que tivemos juntas, na minha infância. Na questão material, sempre se esforçou para que eu sempre tivesse do bom e do melhor, para que os outros vissem como eu era 'bem cuidada'... sempre o que os outros poderiam dizer!
Apesar da sua frieza, eu contava as horas para que ela chegasse. Eu passava o dia lendo tudo o que tivesse na minha frente, mas quando estava perto da hora de ela chegar, eu ficava ansiosa, e mal podia esperar a hora em que ela apareceria no portão, sempre reclamando que tinha 'trabalhado como uma condenada'. Aliás, ela sempre jogou isso na minha cara. Que o que eu tinha que fazer na minha vida seria no mínimo ter um ótimo emprego, ganhar super bem para que nós morássemos numa bela casa, só nós duas. Isso mesmo: ela nunca pensou em se casar de novo. Sempre dizia que nunca aceitaria um homem em sua casa, tinha medo de que ele me fizesse mal. Isso sempre me incomodou muito. Ela abriu mão da vida dela por mim, e isso me faz sentir ainda mais culpada por essa situação. Ela queria que eu seguisse o seus passos também: que eu não me casasse, e vivesse com ela até o seu último dia de vida...
Teve alguns namorados, até alguns anos atrás, saía bastante a noite. Eu sempre ficava olhando enquanto ela se arrumava, e tinha muito ciúme. Mas disfarçava isso, já que ela dizia a todos que eu era uma criança muito compreensiva. Sempre na esperança de agradá-la! Não sei o que aconteceu comigo, mais de uma hora para outra eu me tornei tudo o que ela não queria. Na verdade, eu acho que nunca fui isso. Comecei a escolher as minhas roupas, que ela odeia 'não entendo como uma garota vive dia e noite de coturno, e ainda por cima não usa batom', aprendi a falar o que eu penso, sem me preocupar o que possam achar disso. Ela sempre fica constrangida, e tenta pedir desculpas pros outros, com os olhos, talvez inconscientemente.
Ela começou a frenquentar o meu colégio quando as advertências começaram a aparecer. E se dizia muito desgostosa. Para ela, eu tinha virado um monstro da noite para o dia. Às vezes me machuca ver como ela admira as pessoas fúteis e mesquinhas. Meninas que querem trocar o guarda-roupa a cada mudança de estação. Me machuca ela me dizer que não consegue entender como eu tenho tantos amigos, sendo eu uma pessoa tão insuportável. Ela detesta a idéia de que eu não me sinto superior a ninguém, apesar de ela nunca ter me deixado brincar com as 'crianças sujas desse lugarzinho'... Ela nunca ouviu nada do que eu ouvi. Eu é que era ridicularizada...
Não sei quem me ensinou isso, mas pra mim, piercing e tatuagem não são sinônimos de falta de caráter. Cada um faz o que quer com o seu corpo. Eu admiro quem diz o que pensa, e quem têm ideais e luta por eles. Não sou hipócrita, e depois de ter lido metade da bíblia, não finjo mais que acredito em Deus.
Os meus sentimentos foram sendo mortos a cada discussão sem sentido, a cada palavra venenosa, a cada grito que feriu meu coração e meus ouvidos. Eu devia estar imune a tudo isso, mas não estou ainda. Me tornei irônica, egoísta, mesquinha e covarde ao ponto de não assumir as coisas que eu faço. Sempre coloco a culpa nos outros. São muitaslembranças, muitas pistas que me fazem pensar: 'será que ela nunca me ouviu chorar antes de dormir?'... E mesmo assim ela continua ali, odeia o que eu escuto, o jeito que eu penso, e da única vez que eu, bêbada, lhe disse algumas verdades, ela não teve coragem de brigar. Aquela noite nós dormimos de mãos dadas. Toda vez que o telefone toca, meu coração dispara. É sempre uma reclamação. Eu não me sinto mais segura do lado dela. Eu não suporto mais ter que voltar para casa o 'cômodo que eu aluguei e há uns seis meses não pago o aluguel.' É assim que eu me sinto para todos eles. Um estorvo. Acho que a única coisa que ela gosta em mim é o meu humor ácido, que a faz rir de vez em quando... Eu queria aprender a não julgar. Deve ser difícil olhar para alguém e ver nele o fracasso do seu casamento, a entrega da sua vida pra não dar em nada, um bilhete perdido de loteria. Eu só quero pedir desculpas:

- por não ser uma patricinha fútil.
- por não ser educada e meiga com as pessoas.
- por gritar e desobedecer.
- por achar que as vontades das pessoas têm que ser respeitadas.
- por não conseguir ser feliz, já que tem alguém sofrendo enquanto eu rio.
- desculpe por não poder ser um médico, um advogado, um engenheiro.
- Me desculpe por não sentir amor por você, só a obrigação de pagar pelo o que você fez.

Eu já desisti de ser uma pessoa melhor aos seus olhos. Hoje eu sou assim. E não adianta tentar me me mudar, por mais que você continue adizer que tem vergonha até de andar do meu lado na rua. Boa noite a todos vocês.

Felipe, obrigada por existir! ^^

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A tempestade


A maioria das pessoas que eu conheço preferem o sol á chuva... Eu, ao contrário, acho a chuva linda, e exceto quando ela molha meus materiais escolares, não me incomodo muito com ela. Porém, dessa vez, vou fugir da minha idéia de que uma tempestade não é uma coisa ruim, e vou me permitir a compará-la a uma decepção. Você está esperando o fim de semana chegar, quer sair com os seus amigos... de repente o céu desaba sobre a sua cabeça. Que desastre! Foi tudo por água abaixo!
Aconteceu isso comigo recentemente. Me decepcionei. Isso porque não quis levar em conta meus sonhos, verdadeiros avisos de que havia alguma coisa errada. Isso porque eu não queria acreditar nos olhos que diziam que existia mais alguma coisa entre nós. Eu não tinha aprendido a nutrir um sentimento que não fazia parte de mim - o ciúme - e fico feliz por isso. Feliz por não estar errada. Porém, isso me custou ficar em casa no fim de semana, esperando a chuva passar. E aquela chuva não passava nunca. Não adiantava planejar, duvidar, porque ela estava ali, e lavou os meus olhos junto com as minhas lágrimas.
Coube a mim encará-la ou não. Eu senti uma necessidade imensa de ficar sozinha, mas percebi que isso atrairia ainda mais água, uma inundação de que eu não conseguiria me livrar. Foi bom ver você pegando seu guarda-chuva, e sair no meio da tempestade pra tentar me salvar da minha solidão. Mas também me doeu muito - cheguei a pensar que era mais boa vontade, pena, do que amor.
Acontece que a cada palavra dita, a tempestade foi passando.. e quando eu vi, a gente podia escolher entre ficar em casa ou sair, como o planejado. AINDA HAVIA TEMPO. Quando a chuva acaba, cabe a você optar por ver as suas lembranças, o asfalto, os telhados molhados, o cheiro de terra subindo, a enxurrada levando tudo pela frente... Mas você também pode olhar para o sol que está aparecendo por trás daquela nuvem, bem ali. Eu nunca gostei do sol. Mas hoje ele me ensinou uma lição: você pode olhar para o lado que você quiser, sem se preocupar com o que chuva levou, já que, mais tarde, tudo vai voltar pro lugar, até o dia que chover de novo. A diferença é que, da próxima vez, você estará aqui, inteiro,meu, para me aquecer. E desse jeito, eu adoro a chuva!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Por que você, Andu?!


Já ouviu falar que aparência não diz nada?! Pois é... Decidi começar por ele, pois ele me ensinou muita coisa nos últimos meses. Essa idéia de falar o que vem na cabeça, eu pensava que era só minha (a ponto de mostrar sentimentos tão íntimos, sim). Eu gostei disso. Sempre pensei nisso. Só faltava alguém pra dar o primeiro passo, e este alguém está aí.
Sinceramente, nunca gostei muito de blogs. Isso porque a maioria dos que já li não dizem muitas coisas 'construtivas' (não que esse vá dizer! kkkkkkkkk), mas era uma coisa muito 'manter as aparências'. Eu pretendo o contrário. Mostrar uma pessoa que muita gente não conhece. Uma pessoa que se escondeu muito tempo, por medo de certas opiniões, e agora quer correr atrás do tempo perdido, e ouvir as opiniões que temeu por muito tempo, e entender as críticas da melhor forma possível. Não quero que ninguém aqui entre com a idéia: não gosto de você, então vou meter o pau! Aqui não! Veja o que eu tenho a dizer primeiro. Não vou usar coisas do tipo 'inveja mata', ou 'fala mal mas paga pau'! Isso é patético! Se não gosta não gosta, isso vai fazer diferença (ou não) pra mim!
Apesar de me considerar uma pessoa com uma mente até aberta, NÃO TOLERO preconceitos e gente que se acha melhor que os outros. Se tem alguém que já sabe tudo, então tá fazendo o que nessa vida né?! Se tudo fosse tão fácil assim, a gente não passaria por muita coisa ruim duas vezes! Hoje não foi um dia muito fácil pra mim, mas algumas descobertas me fazem ter coragem, e a primeira delas é dizer um pouco do que eu penso. Enjoy! ^^


Talvez eu seja uma garota cheia de sonhos e idealizações
Talvez eu pense que na minha realidade falta muita coisa.
De qualquer modo, já desisti da praça, da rua, do cinema
Não vejo muita graça na televisão
Minha manhãs são tão monótonas e frias
Que nem acordo mais para saudá-las.
Muito fácil dizer o que me incomoda.
Difícil é pensar no que me faz feliz
Porque para mim a felicidade não é uma receita
Que se pode errar da primeira vez e
Depois acertar para sempre.
Ela não vem de vez em quando
Não deixa espaço para falhas, sofrimentos e regressões
E regredir é grave...
É pensar no momento de riso...
E chorar por se estar sozinho
Por isso que acredito que a felicidade é sublime demais
Pra eu poder me definir como alguém ''feliz''
Sou saudosista, pessimista e introspectiva.
Sempre penso que nada pode ser tão bom que dure
Tão bonito que não me fará sentir triste...
E por que não dizer?
Eu estou e me sinto sozinho de novo...
Talvez eu seja cheia de sonhos e idealizações
Depende de como nasce o dia.
Esse meu mundo é relativo demais.