domingo, 2 de janeiro de 2011


Num mundo feito de invejinhas e aparências
Eu quero pessoas de verdade para completar o meu dia
Cansei dessas brutalidades cotidianas
E me parece que me trancar nos meus romances nacionais é muito mais aprazível
Minha bela natureza,
A verdade e pureza que existem no isolamento e na solidão inerentes ao espírito
A melancolia e o desejo de menos lembranças dolorosas

Quero aprender a me medir, no intuito de não ser tão leviana
Não tenho mais o desejo de mudar o mundo, mas de proteger o meu coração da ignorância de homens que são o meu espelho

A minha falta de impaciência é algo ainda verdadeiro.
Não quero meias palavras, meias certezas
Se a existência já é cheia de dúvidas e mistérios
Para que minar ainda mais a minha vida de reminiscências?
Depois de uma volta com a minha consciência, cheguei à seguinte conclusão:
Virtude tem o homem, que em todos os lugares, é um só.

"Durante a maior parte do dia sofre o corpo a coação que lhe impõe o traje a polidez; carece por fim de sentir-se à larga, de se espreguiçar no leito, e de estender os músculos por muito tempo contraídos. A alma, igualmente tolhida pela prática e atenção dos estranhos, carece também como o corpo desses espreguiçamentos íntimos, de uma expansão franca. Para isso procura um refúgio. A solidão é a alcova para a alma''.

(O Tronco do Ipê - José de Alencar)

Um comentário:

Felipe Pinheiro disse...

Bonito post, fico pensando o quanto você tem evoluido nos últimos tempos. beijo.